Em entrevista, Gustavo Rocha falou sobre inauguração de novos CRAs, previsão para entrega de obras, novos hospitais e vestibular da UnDF
Rocha afirmou à coluna que a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) assinou contrato com a Organização da Sociedade Civil (OSC) Mãos Solidárias, esta semana, para a gestão das unidades.
“A previsão é de que os novos núcleos de atendimento comecem a funcionar a partir do dia 11 de agosto. A OSC vai fazer a triagem e agilizar o atendimento à população que mais necessita. Com as novas unidades, o DF terá 50 pontos de assistência social”, disse.
Em entrevista à coluna, o secretário fez um balanço dos três anos e meio do governo de Ibaneis Rocha (MDB), falou sobre medidas para reduzir filas dos hospitais, obras em andamento e acerca do primeiro vestibular da Universidade do Distrito Federal (UnDF), previsto ainda para 2022.
As cenas de filas com pessoas que procuram a assistência social ficaram mais comuns ultimamente. O que o Governo do Distrito Federal tem feito ou vai fazer para resolver?
Depois de dois anos de trâmites do processo e aprovação do Tribunal de Contas do DF, a Secretaria de Desenvolvimento Social conseguiu contratar, nesta semana, uma organização da sociedade civil (OSC) para gerir 14 novos núcleos de atendimento. A previsão é de que as novas unidades comecem a funcionar a partir do dia 11 de agosto. A OSC vai fazer a triagem e agilizar o atendimento à população que mais necessita. Com as novas unidades, o DF terá 50 pontos de assistência social. Durante o governo, também foram criados dois novos Cras e um novo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Crea).
As filas que nós, infelizmente, temos visto são resultado de um processo que começou com a pandemia. O número de pessoas em situação de vulnerabilidade aumentou, e, ao mesmo tempo, o atendimento passou a ser feito por meio de agendamento, para garantir a saúde da população e dos servidores. Quando o pico da pandemia passou e o agendamento foi encerrado, gerou essa fila. Todas as medidas estão sendo tomadas para diminuir a espera e facilitar a vida do cidadão que precisa de atendimento social.
Qual é o orçamento destinado para a assistência social do DF?
Houve aumento de quase 70% no orçamento da área social. Em 2018, o orçamento era de R$ 443 milhões. Em 2022, foi para R$ 748,6 milhões. Isso repercute diretamente nos programas sociais. O governador Ibaneis criou o maior programa de proteção social do Brasil para os vulneráveis. O Cartão Prato Cheio facilitou e tornou mais transparente a entrega de cestas básicas, que passou de 6 mil para 60 mil. No total, 760 mil pessoas foram acolhidas em programas do GDF. Além do Cartão Prato Cheio, o governo inaugurou mais três restaurantes comunitários e diminuiu o valor da refeição de R$ 3 para R$ 1. O café da manhã, criado por esta gestão, custa R$ 0,50.
Qual foi o aprendizado que a pandemia deixou para o DF em termos de saúde pública?
O governador sempre ficou na vanguarda do combate à Covid no Brasil. Foi o primeiro a tomar as medidas, começando pela suspensão das aulas. A pandemia vai deixar um legado de atendimento: novos hospitais foram construídos, e os já existentes passaram por reforma. Foram sete novas UPAs entregues e seis reformadas. Em relação às UBSs, 10 foram inauguradas e 11 vão ficar prontas até o fim deste ano. O centro de medicina nuclear do Hospital de Base foi colocado para funcionar, após anos fechado. E o Centro Radiológico do Hospital de Taguatinga foi criado. O Hospital do Câncer Jofran Frejat está em construção. O GDF contratou 3.697 servidores efetivos de todas as áreas de atuação para reforçar a saúde.
Já foram distribuídas mais de 6 milhões de doses de vacina. Em todas as faixas etárias, o percentual de imunização é elevado. Por exemplo: 103% da população de 80 anos ou mais receberam a 2ª dose ou a dose única. O público de 75 a 79 anos tem percentual de vacinados de 94,6%. Hoje, os brasilienses não enfrentam mais fila para vacinar e ainda podem levar as crianças para a imunização.
O DF já confirmou 16 casos de varíola dos macacos. Como o governo está se preparando para lidar com essa doença?
A Secretaria de Saúde tem um grupo que acompanha de perto e monitora esses casos para tomar todas as providências. A partir de 1º de agosto, o DF vai começar a fazer os testes para detecção da doença aqui na capital federal.
A cinco meses do fim do mandato de 4 anos, grandes obras ainda estão em andamento. Construções como o Túnel de Taguatinga ficarão prontas até o fim de 2022?
Durante o mandato, foram 1,7 mil obras executadas ou em execução. É importante fazer comparação do orçamento destinado à infraestrutura, que aumentou 250%. Saiu de R$ 773,8 milhões, em 2018, para R$ 2,769 bilhões, em 2022. Em relação ao Túnel de Taguatinga, a previsão é de entregar até o fim deste ano. É uma obra espetacular. O GDF entregou outros projetos importantes para a população, como, por exemplo: obra do viaduto do Eixão, que desabou em 2018; reforma de todos os viadutos do Plano Piloto; reforma da W3 Sul, do Setor de Rádio e TV Sul, Setor Hospitalar Sul e Setor Comercial Sul; e construção de mais de 600 quilômetros de calçada em todas as regiões. Foram feitos viadutos em Sobradinho, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Itapoã/Paranoá, Jardim Botânico, Sudoeste e Setor Policial.
Nos últimos meses, foram noticiados diversos casos de brigas em escolas entre os próprios alunos. O que o governo fez para evitar mais situações como essas?
Foi montado um grupo de atuação entre a Secretaria de Segurança, a Secretaria de Educação e outros órgãos, para aumentar a fiscalização, acompanhar de perto a questão da segurança e coibir de forma muito rápida e efetiva os casos de agressão. O GDF construiu 29 escolas, o que aumentou a capacidade da rede para receber mais 20 mil alunos. Outros 18 colégios e sete creches estão em construção no momento. Neste governo, foram contratados 4.051 servidores do setor da educação. O orçamento da Secretaria de Educação passou de 9,5 bilhões, em 2018, para R$ 11,2 bilhões, em 2022.
Quando será realizado o primeiro vestibular da Universidade do Distrito Federal (UnDF)?
A UnDF é importantíssima para o Distrito Federal. No fim deste ano, será feito o primeiro vestibular para 1,2 mil alunos.
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O governador foi muito cobrado, principalmente por ex-empregados da CEB, porque privatizou a CEB Distribuição mesmo tendo dito, antes de ser eleito, que era contra a venda da estatal. Por que ele mudou de ideia?
Muitas vezes, quando se está fora do governo, as pessoas não têm acesso a todos os dados para a formação da opinião e o convencimento sobre o que deve ser feito. Depois que assumiu o governo, Ibaneis percebeu que, para o DF, seria importante a venda da CEB. A privatização foi feita com ágio muito alto, e um montante de mais de R$ 1 bilhão oriundo do leilão está sendo investido em todo o DF.